Capítulo 2: A proposta
PS: Contém Spoiler -q
Logo após um longo “sono” eu acordei. Abri os olhos e não tinha ninguém ali naquele lado do quarto, até que eu ouvi um grito:
-aaahhh! Taka...- Eu
me virei meio que por reflexo e susto, e dei de cabeça com
alguém que eu não tinha percebido que estava no quarto. Era a Saya, que
estava ali do meu lado, na cama. Logo que bati de cabeça com ela, cai
da cama e ela junto.
-Aii, minha cabeça, e... o que é isso mole na minha mão?-disse eu
-Kyahh, são meus peitos, idiota!-disse ela ficando vermelha, e me deu um tapa na cara.
-Aii, foi sem querer, isso doeu.- eu disse enquanto alissava meu rosto que havia ficado vermelho.
-Deixando isso de lado, o que aconteceu comigo?
-Você não lembra?
-N-não estou conseguindo lembrar.-disse eu meio confuso.
-Aff, então eu vou lhe lembrar.-Disse Saya. – Você estava conversando com o
Kohta sobre alguma coisa idiota, até que você tentou apartar a briga
que estava acontecendo entre meu pai e aquelas pessoas que estão
refugiadas aqui na minha casa e acabou arranjando briga com meu pai; o
que não é muito esperto afinal de contas.
-ah... agora eu me lembro, mas tenho mais uma pergunta... porque você estava aqui no quarto do meu lado?
-isso
é... eu só estava... esperando você acordar, pois... pois o médico
falou pra alguém avisá-lo quando você acordasse.-disse Saya
completamente vermelha.
-sério? Então, obrigado por isso. Ah! É mesmo, e os outros, como estão?
-eles estão lá em baixo jantando, com o resto do pessoal. E meu pai disse que quer vê-lo.
-ahn?- Disse eu receioso de ter mais uma mão furada ou quem sabe ainda pior...
-sabe,
Saya, eu estou muito cansado, e acho que eu não vou conseg...-fui
interrompido quando ela me puxou da cama mesmo de pijama hospitalar.
-Não tem nenhuma desculpa, ele te chamou e você vai ter que ir.-ela me puxou até um armário.
-aí
dentro estão seus pertences, se arrume e venha logo, meu pai odeia ter
que esperar.-disse ela enquanto fechava a porta do quarto.
-Aff, quem ele pensa que é? – eu me vesti e sai pela porta do quarto onde a Saya estava me esperando.
-Me siga que eu te levo lá.- disse ela já na frente.
-Ei,
me espere- por algum motivo eu tinha medo de andar sozinho naquela
mansão, a qualquer momento eu poderia me perder, e nunca mais ser
encontrado, pois pelo tamanho da mansão, parecia mais um labirinto,
cheio de corredores, portas, janelas, escadas e cômodos.
-Aqui está. A sala do meu pai, pode entrar, ele está esperando.
-Não vai me dizer que... você não vem?-disse apavorado.
-Claro que não, ele chamou você.-vocês devem pensar de mim:“que cara medroso, com medo de um velho!”, pode até ser isso, mas acrescente músculos maiores que a minha cabeça, 2,5 Metros de altura, um olhar assustador e aquela Katana que deve ser maior que eu; deu pra imaginar? Ele é um pouco pior ainda.
-Droga,
é agora ou nunca. Com licença, posso entrar?-disse eu suando frio.- Não
ouvi nenhuma resposta, então entrei mais para dentro da sala.
-Aff, Cadê ele?
-Eu
estou aqui.- Naquela hora, até o último cabelo do meu corpo ficou
arrepiado, eu senti aquele olhar sinistro me fuzilando dos pés a cabeça.
-o-oo-oi,o senhor me chamou?
-Sim, pode se sentar naquela cadeira.
-claro, senhor.-eu já estava me preparando para correr dali quando ele disse:
-calma, relaxe, eu sei que você deve ter ficado apavorado ontem quando eu lhe cortei no braço e na mão.
-H-hehee-he, então... o que o senhor quer comigo?
-Quer uma água, suco, Refrigerante?-Disse ele com uma risada diabólica.
-Sim, um refrigerante, obrigado.- disse eu enquanto abortava o plano de sair correndo dali.
-Pois bem, eu tenho uma proposta para você.
-Po-pode falar, senhor.
-Vou
lhe explicar a proposta. Eu vi ontem quando você conseguiu se esquivar
da minha estocada com a Benihime, e achei interessante. Portanto, eu
tenho uma proposta... e ela é:
Lute comigo, Komuro Takashi, e assim, se você ganhar você pode fazer algo da sua escolha.
Mas se eu ganhar, então você vai ter que se casar com minha filha, a Saya.- Disse ele com uma face incrivelmente sinistra.
-Queeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee?M-mas e-eu nem t-tenho na-nada a ver com su-sua família.Isso está mesmo certo?
-É isso mesmo que você ouviu.E se não aceitar...-ele se levantou com a katana que ele chama de Benihime nas mãos e em um corte tão rápido que eu nem consegui ao menos enxergar, cortou ao meio a lata de refrigerante que eu estava segurando.
-Pois bem, qual a sua resposta? –disse ele em um tom sarcástico
-Eu aceitoo!-eu disse, sem nenhuma escolha.
-Muito bem, lhe espero amanhã no pátio da casa as 17:00 da tarde. Se entendeu, pode se retirar.
-Claro senhor.-disse eu tenso.
-Não vá faltar, Hein?!-enquanto ele dizia isso eu fechei a porta e disse:
-Mas que maldita sorte a minha!
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